INTERACT presente em congresso em Espanha
O projeto INTERACT (“Integrative Research in Environment, Agro-Chians and Technology”) esteve presente num evento ibérico em Espanha. O Congresso Ibérico sobre Água Subterrânea, Meio Ambiente, Saúde e Património decorreu entre os dias 12 e 15 de novembro em Salamanca.
Afeta à Linha de Investigação BEST (Bio-Economy and Sustainability), a bolseira investigadora Lisa Martins fez uma comunicação em formato poster sobre o seu trabalho acerca da “aplicação da análise de cluster aglomerativa e modelos de equações estruturais na avaliação da radioatividade natural em águas subterrâneas” e que ainda está em desenvolvimento.
A investigação consiste na avaliação de “fatores que controlam a radioatividade natural em águas subterrâneas”, sendo que a aplicação do cluster e dos modelos de equações estruturais foi “crucial” para “especificar as áreas de maior risco de exposição ao radão numa nova perspetiva de modelação do risco de contaminação”.
O trabalho de Lisa Martins assume especial relevância, tendo em conta que as metas de desenvolvimento sustentável enumeradas pela Organização das Nações Unidas para 2030 que obriga “decisores políticos” a tomarem ações para “uma eficaz proteção dos recursos hídricos”. Neste caso, estas ações traduzem-se na “implementação de medidas de mitigação para a proteção radiológica da água para consumo humano” dentro do prazo. Segundo os estudos efetuados até agora, há um curto período de tempo “para que a água com elevadas concentrações de radão alcance as emergências utilizadas para consumo humano”, explica a investigadora que baseia esta conclusão na “curta meia vida do radão” e no “tempo de residência nas nascentes estudadas”
A participação neste congresso ibérico foi ao encontro das expetativas. Lisa Martins diz que “foi possível trocar impressões com diversos investigadores” cujos trabalhos de investigação abarcam outros temas. “É notória a diversidade de temas e metodologias abordadas relativamente à água subterrânea, meio ambiente, saúde e património”, admite a investigadora.